Na assembleia realizada nesta quinta, 11, em Campo Grande, os trabalhadores dos Correios rejeitaram a proposta apresentada pela direção da ECT para assinatura do acordo coletivo de trabalho.
Segundo a presidente do SINTECT-MS, Elaine Regina Oliveira, o que existe é uma proposta de redução de direitos e tentativa de imposição de um arrocho salarial. A empresa quer reduzir os tickets refeição e aumentar o compartilhamento (parcela descontada do trabalhador), acabar com o vale cultura, reduzir a gratificação de férias, reduzir o adicional noturno, reduzir o repouso remunerado semanal, entre outros pontos considerados “recessivos” do ponto de vista econômico. “Contraditoriamente, a própria empresa apresenta os números positivos, com a ECT apresentado lucros nos dois últimos anos, sendo 667 milhões em 2017 e de 161 milhões em 2018, apesar da economia adversa.”
O sindicato destaca também o aumento da produtividade dos trabalhadores dos Correios, pois houve uma redução drástica do número de trabalhadores de cerca de 129 mil para 100 mil atualmente. E que tiveram também uma grande perda no plano de saúde, com reflexos na remuneração dos trabalhadores.
Para André Luiz, também diretor do sindicato, existe um ataque sistemático através da imprensa sobre as estatais viáveis, lucrativas e estratégicas do ponto de vista da integração energética e de comunicação/logística, como são os Correios, Petrobrás, setor elétrico e outros, que estão na mira de privatização para atender interesses de empresas estrangeiras.
Segundo Elaine, as negociações prosseguem em nível nacional até o final de julho e caso não tenha um acordo poderá ocorrer greve nacional a partir do dia 1 de agosto.
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