Além da demissão de 10 mil funcionários a direção da ECT anunciou sua intenção de reduzir o número de agências, “fundindo” algumas unidades. Isso faria parte do “plano de economia” para cobrir os prejuízos. O número ainda não estaria fechado, mas intenção é fundir agências consideradas “superpostas”, ou seja, muito próximas. Atualmente, os Correios contam com 6.511 agências próprias. Responsável pela condução do estudo de fusão das agências, o vice-presidente da rede de agência e varejo, Cristiano Morbach, adianta que o “número vai cair bastante”.
A “nova estratégia” da empresa visa ampliar a rede de agências franqueadas. Existem hoje cerca de mil agências franqueadas. O presidente da ECT, Guilherme Campos, planeja também criar o “microempreendedor postal”. Na prática uma empresa que assumiria os serviços postais em localidades menores. Atualmente as franqueadas não atuam como correspondentes bancários, mas já começaram as negociações para que isso possa acontecer.
Além da demissão de 10 mil e fechamento de agências o “plano de economia” da direção da ECT quer revisar a política de universalização dos serviços postais, que obriga a estatal a estar presente em todos os municípios. Isso significa fechar agências consideradas deficitárias em pequenos municípios.
O “plano” de Guilherme Campos-Michel Temer é claríssimo: sucatear a ECT, demitir, fechar agências, abrir “espaço” para iniciativa privada em detrimento da estatal. É um plano anti-trabalhador e contra a população usuária. É um golpe nos Correios público rumo sua privatização.
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