O que o governo anuncia como "moderno" e diz que vai alavancar a economia e gerar empregos na verdade evidencia as relações imorais com o mercado.
Esse mesmo discurso já foi usado nas reformas trabalhista e previdenciária e as taxas de desemprego continuam altas e os trabalhadores perdem poder de compra a cada dia.
O que se vê é o desmonte do Estado, o empobrecimento de pequenos e microempresários enquanto os tubarões e banqueiros batem recorde de lucro.
Leia a nota completa da FENTECT sobre o anúncio da lista de empresas a serem privatizadas pelos Correios:
Nota da FENTECT sobre o anúncio de empresas que devem ser privatizadas pelo governo imediatamente
Depois de afirmar que Correios são “vaca indo para o brejo”, Bolsonaro não esconde que pretende engordar a vaca e servir um generoso churrasco aos megaempresários enquanto o povo segue passando fome. O “Programa de Parcerias de Investimentos” (PPI) confirmado pelo presidente como um primeiro passo para a privatização de 17 empresas estatais - entre as quais os Correios - é cínico e deve ser combatido por todos os setores da sociedade que lutam pela transparência na gestão pública.
O nome pomposo não pode esconder sua real intenção: usar recursos públicos para beneficiar o setor privado. A escalada autoritária do governo e sua agenda de desinformação aliada aos setores mais retrógrados minam o debate honesto sobre os reais impactos das privatizações. Importante lembrar, por exemplo, que enquanto Bolsonaro recorre constantemente ao rombo no Postalis – o fundo de previdência complementar dos Correios – como justificativa para a privatização, nada é dito sobre o fato de que é seu ministro da economia e braço direito Paulo Guedes, é um dos investigados no caso. Dessa forma, Bolsonaro conta com a grande mídia para seguir distorcendo o debate com mentiras e dados que não se confirmam e/ou não se resolvem os problemas mais imediatos dos brasileiros.
A FENTECT tem buscado ampliar o diálogo com outras categorias que também enfrentam ameaças de privatização, parlamentares do campo progressista atentos ao desmonte do Estado promovido pelo governo Bolsonaro e sociedade por meio de audiências e atos públicos. No entanto, mais do que nunca, a Federação convoca todos os trabalhadores, sobretudo os ecetistas, a resistirem contra este que não é um atentado apenas contra o emprego de 100 mil pessoas. É um atentado contra o desenvolvimento e a soberania nacional.
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