O primeiro trimestre de 2016 foi marcado pelo aprofundamento do ataque da direção dos Correios aos trabalhadores e à própria empresa estatal. Com o argumento da crise financeira da ECT estão impondo um plano de “reestruturação” que ataca direitos dos trabalhadores e compromete o próprio futuro da ECT enquanto empresa estatal pública e de qualidade. Fechamento de turnos, aplicação de “reengenharia” para aumentar a produtividade (leia-se acúmulo de trabalho), fechamento de agências, corte de itens básicos como copos de água, e outras medidas, mostram para que veio esta nova direção da ECT.
Rompendo acordo já feito, a direção da ECT impõe agora uma taxa extra sobre o saldamento compulsório do Plano Benefício Definido do Postalis, jogando para os trabalhadores o ônus de um rombo imoral causado em nosso fundo de pensão por diretores indicados pela própria empresa para gerir Postalis.
Chegou a hora de dizer um basta e mostrar para o novo presidente (até quando?) dos Correios que a categoria não aceita mais tanto arrocho. Este um momento crucial, até pela conjuntura nacional que atravessamos de turbulência política, para os trabalhadores colocarem o bloco na rua e apresentarem de forma clara suas reivindicações. É o momento em que precisamos da unidade de toda a categoria, independente de divergências partidárias, para mostrarmos nossa indignação e deixarmos claro que não aceitaremos tais imposições.
Este é o sentido da paralisação nacional de 24 horas no dia 27 de abril: mostrar a unidade, a força e a indignação dos trabalhadores dos Correios e que estamos dispostos, e temos força, para fazermos o enfrentamento pelos nossos direitos. Parece que é a única forma para a direção da empresa abrir os ouvidos para as nossas reivindicações.
Elaine Regina Oliveira
Presidente do SINTECT-MS
Todos os direitos reservados a “sintectms” - Desenvolvido por Avalue Sistemas