O Sintect-MS realizou no dia 27 de novembro o “Seminário sobre a questão racial: diversidade e superação do racismo”.
Um dos palestrantes foi o subsecretário de Igualdade Racial e Cidadania do governo estadual, Carlos Alberto Versoza, que contextualizou o racismo no Brasil resultado da economia e política escravista praticada na História ainda recente no país. No sistema econômico de exploração escravista o negro tem valor apenas como objeto, um instrumento de trabalho. Junto com a exploração econômica vinha a opressão cultural e religiosa: os cultos afro-brasileiros eram satanizados.
Vania Lucia Duarte, professora e pesquisadora, falou sobre a marginalização do negro após a escravidão. O escravismo racista era normatizado em leis, a exclusão social e a segregação racial era institucionalizada. E com o ato de fim da escravatura não foi resolvido o problema social, que vem até hoje: 70% dos pobres são negros. “O mês da Consciência Negra existe porquê os negros ainda não estão inseridos com igualdade na sociedade brasileira. Os negros foram trazidos para o Brasil como força de trabalho, através do tráfico onde eram tratados como mercadorias. A Lei Áurea, de 1.888, deu a liberdade sim, mas a igualdade não”.
Já o sindicalista Elvio Vargas, presidente do Sinergia-MS, abordou a questão da precarização das relações de trabalho, que afetam todas as categorias de trabalhadores, reduzindo salários e com processo de retirada de direitos e desregulamentação de leis trabalhistas que - se os trabalhadores deixarem - volta para a escravidão. No Brasil vem aumentando o número de trabalhadores em regime de terceirização, sendo a maioria mulheres. No serviço público é cada vez mais freqüente o uso de empresas terceirizadas inclusive para áreas como saúde e educação.
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