Com essa manchete, o jornal “O Estado de São Paulo” noticiou, no dia 25 de abril, que o presidente Jair Bolsonaro deu sinal verde para que sejam feitos estudos para a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). "Dei sinal verde para estudar a privatização dos Correios. Tem que rememorar para o povo o fundo de pensão, que a empresas foi o foco de corrupção com o mensalão", afirmou o presidente em café da manhã com jornalistas, para o qual o Estado de São Paulo foi convidado.
Ou seja, o presidente usa a questão da má gestão do Postalis e da própria ECT para justificar a privatização dos Correios, sem entrar no debate que o movimento sindical considera estratégico: o papel econômico e social da ECT pública no país, e sua viabilidade (que tem sido confirmada ao longo da sua história). Não diz também que a ECT é, historicamente, uma empresa autossustentável e que repassa recursos para o governo federal.
Ao invés de atacar o que existe de errado e corrigir rumos, Bolsonaro propõe pura e simplesmente a privatização, sem ouvir os trabalhadores e seus argumentos, atendendo o pleito de grandes empresas de logística interessadas em abocanhar o espaço ocupado pela ECT no mercado.
Conforme o “Estadão” o Ministério da Ciência e Tecnologia, comandado por Marcos Pontes, tem defendido maior reflexão sobre a estratégia para as empresas que estão sob sua tutela, incluindo os Correios.
Em recente entrevista ao Estado, Pontes disse que não é contra o programa de privatização, mas defende que a decisão seja baseada em fatos, números e um plano de negócios bem estruturado, que leve em conta as necessidades estratégicas do País, o retorno para o governo e principalmente a garantia dos direitos dos servidores.
O presidente admitiu também que o governo pode caminhar para a privatização mais ampla da Petrobrás
Ainda segundo o “Estadão”, o presidente Jair Bolsonaro admitiu também que o governo pode "caminhar para a privatização mais ampla da Petrobrás". "Temos refinarias, vamos dar um passo de cada vez. Pode-se caminhar para a privatização mais ampla da Petrobrás", afirmou também durante o café da manhã. Na semana passada, em entrevista à GloboNews, o ministro da Economia, Paulo Guedes, insinuou que o presidente Bolsonaro o tem questionado sobre uma eventual privatização da estatal.
Todos os direitos reservados a “sintectms” - Desenvolvido por Avalue Sistemas