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26 de Março de 2015 às 12:00

5º Edição Escambo Cultural Formação em expressões afrodescendente


O Escambo Cultural Formação em expressões afrodescendente tem o objetivo de definir os conceitos de política de inclusão social, apresentando diagnósticos e apontando os desafios a serem enfrentados em cada área desses atores urbanos, formulando diretrizes gerais, bem como estruturação das intervenções por meio de estratégias que agrupam tematicamente os planos de ação para a classe de capoeira, programas, projetos e ações a serem implementadas a curto, médio e longo prazo, dando uma continuidade para esses profissionais.

Durante os dias 10 ás 12 de abril, praticantes da capoeira em várias cidades de Mato Grosso do Sul se reunirão em Corumbá para mais uma edição do Escambo Cultural Formação em Expressões Afrodescendente 2015. O evento acontece na Rua treze de junho nº 692 - Centro - Corumbá - MS - CEP. 79.310-030, tendo como principal destaque a presença do Mestre Irani Martins - Representante da Cordão de Ouro de Natal - Rio Grande do Norte, um dos mais respeitados nomes do esporte e um dos fundadores do grupo Cordão de Ouro em Natal.

Para Lamartine José dos Santos, conhecido no meio da capoeira como Mestre Pernambuco, a realização de mais um evento como esse mostra uma nova fase da cultura negra na cidade. "É quebra de paradigmas. A capoeira ainda é vista como uma marginalização em muitos município, aqui na cidade o poder Publico por Meio da Prefeitura Municipal de Corumbá, contribui muito, com as ações de políticas afirmativas para essa classe cultural e de muitas outras no município, não posso negar, houve diversos problemas, de criminalização da nossa arte, mas hoje a capoeira está num patamar muito bom. A Prefeitura mesmo está dando apoio ao segmento dos capoeiristas aqui. É o fortalecimento de uma arte, de um esporte, de uma cultura que nós praticamos", disse ele que é responsável pela implantação do Instituto de Capoeira Cordão de Ouro na cidade. Entretanto, não se esquece de citar demais grupos que, juntos, são responsáveis por colocar dentro do esporte cerca de 650 pessoas, entre homens, mulheres e crianças.

Em oposição a essa disseminação do esporte negro, mestre Pernambuco faz um alerta para que o Brasil incentive mais aquilo que lhe é autêntico. A capoeira, antes, era um privilégio baiano, depois virou um privilégio de São Paulo, Rio, Minas, Paraná. Hoje, ela não é privilégio nem somente do Brasil, tem mais de 200 países fazendo capoeira. As universidades nos Estados Unidos, enquanto no Brasil, existe uma resistência até nas escolas contra a capoeira", comentou ao afirmar que a prática da capoeira leva mais do que a técnica do esporte, leva também a cultura brasileira.

 

Democrática e educativa

Ao colocar homens, mulheres de diferentes idades numa mesma roda e aula, o Cordão de Ouro prova que a capoeira é democrática e só existe pelo respeito ao outro.

"Trabalha com a cidadania, contra a discriminação porque todos jogam juntos: homens, mulheres, crianças. Ainda existem grupos que dizem que certas pessoas pelo tipo físico, força, falam que aquela pessoa não serve. O trabalho da capoeira Cordão de Ouro é de cooperativismo, cada um coopera com o outro, se você sabe ensina pra ele e ele pro outro, e fazemos uma corrente de conhecimento", disse. Ele exaltou o poder transformador do esporte e explicou que os valores salutares de uma sociedade podem ser aprendidos no dia a dia da prática. Repudio aqueles que desvirtuam o real propósito do esporte.

Mestre Pernambuco


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