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18 de Agosto de 2016 às 16:21

Recorrentes na ECT, Comando de Negociação denuncia assédio e preconceito contra os trabalhadores (as)


Assédio moral e sexual, questões raciais, sobre a homofobia e o sexismo foram debatidas nesta manhã do segundo dia de reunião da Campanha Salarial 2016/17. Conforme o calendário estabelecido nessa quarta-feira (17) entre o Comando de Negociação e a ECT, hoje, serão debatidas as cláusulas Das Questões Sociais.

Mais uma longa apresentação da empresa abriu as atividades do dia, tentando demonstrar para a representação dos trabalhadores resultados de programas já implantados nos Correios com políticas de prevenção. Os gestores da ECT tentaram comprovar que está sendo cumprido o que foi determinado no último Acordo Coletivo de Trabalho.

Entre as sugestões que geraram mais discussões no início desta quinta-feira - a respeito do grupo paritário para investigar e realizar processos administrativos contra assediadores, composto por sete representantes da ECT e sete da FENTECT - está a demanda do Comando de Negociação para que cada sindicato também tenha a participação garantida nesse grupo, pela representatividade a nível local dos trabalhadores (as).

Para comprovar essa necessidade, os participantes da mesa realizaram denúncias à empresa, como no Rio e Janeiro, onde após realizar a denúncia, o trabalhador recebeu dois processos administrativos, sendo um deles justamente no Dia de Combate ao Assédio Moral. Além disso, o ecetista teve acompanhamento negado. Ou como a denúncia do Estado de Pernambuco, onde três trabalhadoras colheram provas que sumiram com o processo. O caso foi assumido formalmente pela ECT. Ainda, em Goiás, um trabalhador está afastado por ter sido coagido em um ciclo de assédio, correndo risco de chegar ao extremo de pedir demissão.

Em resposta, a representante da ECT alegou que é preciso ter certeza se o sindicalista estará disposto a realizar o papel de apurador. Responsabilidade essa de realizar e assinar um processo administrativo, pois há, também, inúmeros casos de assédios entre colegas na própria base, segundo ela.

Ainda sobre o canal de denúncia que há nos Correios, a representação dos trabalhadores ressaltou as falhas e como os ecetistas estão desacreditados e desencorajados a falar sobre os assédios sofridos na empresa. No entanto, para a ECT, não é possível banalizar e inviabilizar o canal instituído no final do ano de 2015, pois ainda não há, de acordo com os gestores, uma análise do mesmo, que sofre alterações diariamente por conta da dinâmica do tema.

Para o Comando de Negociação, não há efetividade nas cláusulas, sem plano de continuidade dos projetos. Os representantes também denunciaram a institucionalização do assédio e das práticas preconceituosas nos Correios. Conforme o comando, a empresa distorce a realidade das denúncias, sem dar apoio eficaz ao trabalhador (a).

A reunião terá continuidade no período da tarde desta quinta-feira, com o debate da mesma cláusula.

Fonte:FENTECT


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