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16 de Março de 2018 às 15:26

Racismo também é responsável


   “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?" escreveu Marielle Franco em sua conta no twitter um dia antes de ser assassinada, reclamando da violência na cidade e questionando ação da Polícia Militar.

  Marielle, mulher negra, feminista, periférica, lésbica e mãe. Na noite de ontem, 14 de março, foi brutalmente assassinada quando voltava de um evento na Lapa no Rio de Janeiro. Nascida e criada na Maré, onde ainda residia.

  Socióloga formada pela PUC, onde ingressou com bolsa integral, fez mestrado em Administração Pública na UFF. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm), coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Marielle deixa uma filha. Foi a quinta vereadora mais votada na segunda maior capital do país e sua candidatura teve forte carga simbólica, e suas bandeiras eram o feminismo, a luta antirracismo e a defesa das populações faveladas. No dia 28 de fevereiro havia sido nomeada relatora da comissão que iria acompanhar a intervenção no RJ e no dia 10 de março denunciou a violência policial em Acari.

  Nossos governantes precisam rever suas formas de agir e pensar a segurança neste país. Não podemos mais aceitar que pessoas inocentes continuem morrendo, diante do caos instalado a esta sociedade, carente de políticas públicas que anseiam andar pelas ruas sem medo.

  Parte uma mulher guerreira, militante das causas sociais que acreditava em um mundo de igualdade e respeito mútuo, mulher determinada, guerreira e de extrema simpatia.

  Marielle Franco para Sempre.

 

André Luiz S. Santos

Diretor de Combate ao Racismo e Discriminação do SINTECT-MS


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