A Feira, além da comercialização de produtos, contará com culinária da terra, debates sobre alimentação saudável, agroecologia e apresentações artísticas.
Durante os dias 23, 24 e 25 de novembro, na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, será realizada a 1ª Feira Estadual da Reforma Agrária. O evento busca trazer para a capital toda a diversidade da produção de assentamentos e acampamentos do estado. A abertura do evento acontece nesta quinta, 23 de novembro, a partir das 9 horas. À noite, a partir das 18 horas, tem show com o grupo de samba SAMPRI. No dia 24, também às 18 horas, tem show com Dino Rocha, e à partir das 19 horas a dupla Zé Mulato & Cassiano. Nos três dias da Feira, os produtos estarão à venda (durante o dia todo) na Praça Ary Coelho.
Para Márcia Barille, da direção estadual do MST-MS, a Feira Estadual pretende trazer toda a diversidade de assentamentos e acampamentos para Campo Grande. “Nossas áreas produzem uma infinidade de produtos. Desde remédios fitoterápicos a artesanato. Queremos que Campo Grande conheça toda esta diversidade”.
A Feira Estadual da Reforma Agrária, além da comercialização de produtos, contará com culinária da terra, debates sobre alimentação saudável, agroecologia e apresentações artísticas de todo estado.
Segundo Márcia, a Feira buscará também contestar ideias do senso comum presentes na sociedade. “Nos chamam de arruaceiros, vândalos, afirmam que nossos assentamentos são favelas rurais. O que faremos nestes dias será comprovar como nossa luta é justa. Queremos terra para produzir alimentos saudáveis para a classe trabalhadora”, afirma a dirigente.
O MST defende a necessidade de uma Reforma Agrária Popular para o Brasil. Neste sentido, o Movimento afirma que a democratização do acesso à terra deve estar alinhado à produção de alimentos saudáveis para a população.
De acordo com Barille, a Reforma Agrária Popular não é somente um projeto para o campo. “Ela representa um projeto de sociedade, pensada desde o âmbito das expressões artísticas, das relações de gênero, até a produção de remédios naturais, por exemplo”.
Ressaltado a importância da luta do MST, Márcia destaca a necessidade das ocupações de terra. “Não fazemos ocupações à toa. Queremos terra para produzir alimentos de qualidade e que cheguem à mesa da população com preços acessíveis” finaliza.
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