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11 de Abril de 2018 às 15:12

Audiência Pública debate privatizações nesta quinta, na Assembleia Legislativa


A privatização dos Correios e a desnacionalização do Brasil

  Diante da lógica precarizar, desmontar e vender, o pacote do governo federal tem pelo menos 57 privatizações: empresas centenárias como a Caixa Econômica Federal, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Banco do Brasil e a Casa da Moeda. De pesquisa e desenvolvimento, afetando a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e do setor energético, como no caso da Eletrobrás e Petrobras. Todas nacionais, com milhões de trabalhadores e trabalhadoras, que correm o risco de ficar sem emprego e já sentem a retirada de seus direitos essenciais – não somente pela reforma trabalhista, mas, também, porque o governo enxuga seus orçamentos.

  O serviço de correio já era conhecido muito antes da era cristã. Por uma razão muito simples: o homem sempre teve necessidade de comunicação, integração e aproximação. Ao olhar pelo retrovisor da história, pode-se observar que a comunicação cresce em importância e determina o desenvolvimento por proporcionar interação e integração social.

  O desmonte em curso, a olhos vistos, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é parte de um programa maior implementado pelo governo Temer com a venda das estatais restantes das privatizações feitas nos governos anteriores, notadamente em maior escala no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com o argumento de “diminuir o déficit público” e dar mais agilidade à economia. No caso dos Correios, está-se a sucatear uma estatal que já foi modelo de eficiência e credibilidade no país. É um crime contra o país e a economia popular o que o governo Temer está fazendo.

   Empresa auto-sustentável , que completou 355 anos de atuação no serviço postal brasileiro

  Em primeiro lugar é preciso deixar claro que a ECT é uma empresa não só auto-sustentável como repassa dinheiro para o governo federal. Entre 2007 e 2013 a empresa repassou cerca de R$ 6 bilhões para o Tesouro Nacional em dividendos. Dinheiro que o governo federal investiu (ou mandou pelo ralo) onde quis. Para as Olimpiadas, foram R$ 600 milhões. Entre 2010 e 2014, a empresa teve aumento de 32% na receita de vendas e de 33% na receita total — o equivalente a um adicional médio anual de R$ 1 bi na receita de vendas.

  Os alegados prejuízos nos últimos exercícios são decorrentes de vários fatores: desvios por corrupção, repasses milionários para o governo federal (como para as olimpíadas), patrocínios diversos (esporte, cultura e outros) e a própria recessão econômica, que diminuiu a receita não só dos Correios, mas do conjunto das estatais e empresas privadas.

  Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Mato Grosso do Sul, Elaine Regina Oliveira, a privatização acarretará perdas para os trabalhadores da empresa e para os usuários. “Haverá aumento significativo no preço de postagem de correspondências e encomendas, afetando as pessoas físicas e empresas que utilizam os correios, , além do maior prejuízo que afetará toda a população, em especial a mais carente que é a não prestação dos serviços dos correios em determinadas localidades que não trarão lucros a iniciativa privada. As pequenas cidades ficarão desassistidas de Correios, bem como distritos, como já acontece em Mato Grosso do Sul, onde diversas agências já foram fechadas. Já para os trabalhadores dos Correios teremos demissão, retirada de direitos e diminuição da remuneração. Já o governo federal perde uma empresa de logística com presença em todos os municípios do país. Não é pouco”.

  A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) diz que descapitalização da empresa ocorreu por conta da redução de investimentos para garantir o superávit primário. Segundo o secretário-geral da entidade, José Rivaldo da Silva, os Correios têm solução e basta vontade política para fazer a estatal voltar a lucrar.

   Quem se beneficia?

  Para Elaine, os únicos a ganhar são os empresários do setor de logística que querem abocanhar este mercado lucrativo, mas sem dar as contrapartidas sociais e trabalhistas.

  A privatização dos Correios seria um golpe na soberania nacional, tanto que poucos países permitem isso – dos 192 correios do mundo, só oito estão 100% privatizados (Malásia, Malta, Países Baixos, Cingapura, Líbano, Portugal, Aruba e Grã-Bretanha). Os dados revelam que esse serviço é essencial à população e precisa estar sob o controle público.

  “Essa privatização dos Correios, caso se confirme, será um crime de lesa-pátria. Por isso alertamos a população: a queda da qualidade dos serviços dos Correios não é culpa do carteiro ou do atendente. É ação deliberada do governo Temer para desmoralizar os Correios e assim justificar a sua privatização junto à população.”

  CORREIOS PRIVATIZADO POVO PREJUDICADO!

  SE PRIVATIZAR, O CORREIO EM SUA CIDADE VAI ACABAR!

 


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