A proposta apresentada pela ECT é mais um passo na deterioração dos salários e benefícios dos trabalhadores dos Correios. Ao mesmo tempo aprofunda-se o caos na empresa. Essas duas coisas são propositais: retirar direitos e afundar a ECT pública, para privatizar! Será preciso ainda mais para acordar?
Veremos a ECT ir para o fundo do poço sem fazer nada? Vamos esperar a retirada de todos os benefícios e a privatização sem reação? Cadê o povo do “Reaja Brasil”? A “reação” era só para colocar Temer no poder e acabar com o serviço público no país?
Atendentes até quando?
Os atendentes passam hoje o vexame de não ter sequer produtos da empresa. Faltam caixas para encomendas, envelopes e outros produtos. Como é possível que uma empresa que alega estar precisando urgente de receita não fornecer produtos básicos? Incompetência administrativa? Ou é proposital para empurrar clientes para as franqueadas? Agências são fechadas. Já são 15 agências encerradas no MS, e vem mais por aí, o que favorece também as franqueadas.
Extinção de cargos
Se os atendentes não acordarem em tempo serão os próximos a serem extintos. Já extinguiram os cargos de motoristas e OTT´s. Agora querem implantar o “motoboy”, acabando com a função de carteiro motorizado (moto). Daqui uns dias vão atacar também os motorizados com carros, e também terceirizar. Os OTT´s foram extintos “via Manual”, com a perspectiva de irem para a distribuição (mas sem função, pois essas estão sendo extintas...) e atendimento.
Administrativos
Na área administrativa, a tal “centralização” teve dois efeitos concretos: a diminuição dos administrativos nas regionais e o caos administrativo na empresa, pois a centralização levou a uma série de conseqüências negativas, atrasos de processos - como licitações, contratos e compras - com reflexos na área operacional que vão da falta de produtos nas agências à falta de limpeza nos banheiros. Clientes apelam para caixas de supermercado para postar encomendas. Incompetência ou proposital?
Carteiros
Além da ameaça de cortes de funções, os carteiros enfrentam as conseqüências da falta de efetivo suficiente, junto com a implantação da DDA que gera sobrecarga e mais diminuição de efetivo. Enquanto isso aumenta o acúmulo em muitas unidades.
Falhas administrativas?
Faltam carros e motos, por estarem no conserto, mas “falhas administrativas”, como o não pagamento das empresas que fazem manutenção tem levado a que dezenas de veículos estejam parados. Já tem prestador de serviço indo cobrar nas unidades, causando constrangimento aos funcionários. Vaquinhas para a limpeza dos banheiros se tornaram comuns. Inclusive muitos veículos já estão com prazo de vida útil ultrapassado. No CEE são 11 veículos parados. Numa unidade, a máquina empilhadeira está parada por falta de bateria (o prestador de serviço não recebeu e foi lá cobrar dos funcionários, bastante alterado).
Estaremos todos cegos, mudos, surdos e imobilizados?
Todos os direitos reservados a “sintectms” - Desenvolvido por Avalue Sistemas