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20 de Novembro de 2014 às 07:00

20 de novembro: a luta não pode parar


Movimento Negro tem avanços, mas é essencial a luta por Reforma Política, Democratização da Mídia e fim do extermínio da juventude negra

Por meio da Lei 12.519/11, o dia 20 de novembro é considerado dia Nacional de Zumbi dos Palmares, grande líder da resistência do movimento negro, e da Consciência Negra.

Em 2014, a luta do movimento está em torno, segundo a secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Reis Nogueira, de três pontos principais: Reforma Política, Democratização da Comunicação e fim dos autos de resistência (PL 4471/12). Outro tema em pauta é a luta contra a violência e o feminicídio contra a mulher negra. Em 13 de maio de 2015 haverá a Marcha das Mulheres Negras.

Nós não podemos permitir o extermínio da juventude, que acontece com cada vez mais frequência, seja nas mãos de traficantes, por um lado, seja nas da polícia, por outro.

Maria Júlia Reis Nogueira, secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT

A Democratização da Comunicação é urgente porque o atual modelo oligopolizado de mídia invisibiliza os negros e a luta antirracismo, além de reproduzir estereótipos preconceituosos da população negra, especialmente da mulher. A Reforma Política, porque os negros são sub-representados e é urgente que haja maior equilíbrio entre a presença de negros eleitos e de negros na sociedade, além de proporcionar a maior presença de defensores de causas sociais no Congresso. E o fim dos autos de resistência é essencial para o fim do extermínio da juventude negra.

Para Maria Júlia, que lembra a campanha “Jovem Negro Vivo”, lançada pela Anistia Internacional em novembro, os jovens negros vítimas de homicídio precisam de atenção redobrada por parte da sociedade, do governo e dos movimentos sociais.

“Nós temos uma grande luta pelo fim dos autos da resistência, projeto que está em tramitação no Congresso Nacional e essencial para impedir o genocídio da população negra e periférica. Nós não podemos permitir o extermínio da juventude, que acontece com cada vez mais frequência, seja nas mãos de traficantes, por um lado, seja nas da polícia, por outro”. A CUT também é contra a proposta de redução da maioridade penal.

Para a dirigente, é comum haver a criminalização baseada em características físicas. Ela lembra, ainda, que a morte de jovens, além dos prejuízos sociais, tem impacto na População Economicamente Ativa (PEA), na expansão da cultura negra e no exercício da política diária.

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Fonte> Site CUT


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